Copacabana, Rio de Janeiro. Dois policiais são executados em curto
espaço de tempo. Suas mortes têm muito em comum. Ambas as vítimas eram
tiras de segundo escalão, com carreiras medíocres. Foram eliminados pelo
mesmo homem, um assassino que dispara à queima-roupa e não deixa
rastro. O mundo policial entra imediatamente em rebuliço. Quem estaria
disposto a correr o risco de sair matando tiras, ainda que
inexpressivos? Gente ligada ao tráfico? À própria polícia? Em meio às
confusões de seu cotidiano de livros sem estantes e mulheres fugidias, o
delegado Espinosa tem poucos elementos para desvendar o caso, mas sabe
que quem cometeu os crimes tem uma motivação forte. Se matar um tira não
costuma nunca ser um bom negócio, alguém deve ter concluído que
eliminar esses dois era uma questão de estrita necessidade - dos riscos,
o menor. Percorrendo as ruas de sua geografia predileta, entre os
bairros do Leme e de Copacabana, o delegado vai se deparar com outras
mortes e com uma mulher enigmática e insinuante, casada com um figurão
da área econômica do governo federal. Publicado em 2001. Fonte: Companhia das Letras.
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