quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, de Jô Soares.

"Neste seu terceiro livro, Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, 2005, Jô Soares apostou novamente na multiplicidade de gêneros que lhe abriu o reconhecimento internacional como escritor em O Xangô de Baker Street e O homem que matou Getúlio Vargas. O humor lhe serve de ferramenta para refletir sobre tudo. A vereda policial é a linha mais óbvia, mas não se trata de uma ação ao estilo clássico. O escritor reconstrói o Rio em 1924 e se interessa não só pelos seus grandes prédios, como o Petit Trianon, no Castelo, que tinha acabado de ser presenteado aos imortais pelo governo da França, como vai alinhavando a trama com detalhes de uma pesquisa histórica saborosa. Quem é o assassino? Quem inventou jeito tão diabólico de maldade? A trama é simples. Imortais da Academia Brasileira de Letras vão morrendo em cartões-postais do Rio. Sem sangue. Estrebucham aparentemente do nada. No bondinho do Corcovado, no altar da igreja da Candelária. A brincadeira proposta por Jô é fazer com que o leitor, no meio de várias pistas, descubra qual é a verdade e identifique o criminoso. Em alguns momentos, é um livro dentro do livro, pois há um imortal que também escreveu 'Assassinatos na Academia Brasileira de Letras'. Tudo é possível. Afinal, do jeito que Jô perfila seus personagens, todo imortal tem algum motivo para querer que a vida de seu colega não seja tão duradoura assim". Fonte: Livraria Cultura.

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