Clube de campo, que recebeu o Jabuti - o maior prêmio literário
brasileiro - de melhor romance de 1973, é obra de comentário social em
estrutura de mistério, em torno do assassinato de uma jovem num clube de
campo. O pano de fundo aqui é a viagem da Apollo 11 à Lua.
Chamou a atenção não apenas do júri da Câmara Brasileira do Livro, que
lhe conferiu o Jabuti, mas do crítico Wilson Martins, que apontou que
"Rubens Teixeira Scavone escreveu o romance policial com estilo
literário, acréscimo nada desprezível numa espécie em que a carência
estilística é quase uma prova de autenticidade. Para ele o romance é uma
arte - uma das artes de literatura que fixam, em cada momento dado, o
nível da força criadora de um povo." Hélio Pólvora saudou o romance com:
"O toque policial, o toque à ficção científica, o exame minucioso de um
corte transversal da sociedade, à maneira contrapontística celebrizada
por Aldous Huxley. Scavone escreve fluentemente, com graça e leveza. Sua
prosa tem uma espontaneidade até certo ponto espantosa..." E Homero
Silveira enxergou o Scavone de Clube de campo desta maneira: "Com
inegável garra balzaquiana e forrado de material farto e bem elaborado,
senhor de um senso de observação e de crítica invulgar entre nós, dono
de uma linguagem forte, de uma estrutura narrativa exata, tem tudo o
escritor paulista para um levantamento preciso e honesto da tragicomédia
humana em que nos movimentamos." Bob Fernandes. Fonte: Terra Magazine.
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