sábado, 12 de novembro de 2011

O campeonato, de Flávio Carneiro.

Em O campeonato, 2009, o personagem André tem 26 anos e um único vício: ler romances policiais. Sem rumo na vida, pressionado pela namorada e pelo irmão mais velho e bem-sucedido profissionalmente, o rapaz resolve fazer um curso de detetive particular por correspondência, unindo sua paixão literária à necessidade de arranjar um emprego. Depois de anunciar seus serviços de detetive num jornal, André recebe enfim seu primeiro cliente, um milionário que se identifica apenas como Montenegro e cujo filho, Pedro, de 18 anos, desapareceu misteriosamente. As pistas são escassas e os responsáveis pelo desaparecimento do rapaz não entraram em contato com a família pedindo resgate. Juntos, André e seu inseparável amigo e assistente, o Gordo, começam a desvendar segredos que envolvem figuras da alta sociedade carioca, personagens misteriosos e belas mulheres, como a sedutora detetive Mariana e a adolescente Lívia. A investigação leva André a descobrir uma bizarra competição, batizada apenas de O Campeonato, que pode colocar em risco sua vida e a de pessoas próximas, numa espiral de suspense que se mantém até o fim. Passeando por bairros e bares tradicionais do Rio de Janeiro, os personagens percorrem as ruas de Copacabana, Leblon, Alto da Boa Vista, Tijuca, Vila Isabel, Engenho Novo, Lapa e Santa Teresa, frequentando endereços tradicionais da boemia carioca, com direito a citações de autores como Rubem Fonseca, Dashiell Hammet, Rex Stout e Agatha Christie, entre outros. 

Fonte: http://www.romancespoliciais.com.br/2009/11/livro-o-campeonato-flavio-carneiro.html

Clube de campo, de Rubens Scavone.

Clube de campo, que recebeu o Jabuti - o maior prêmio literário brasileiro - de melhor romance de 1973, é obra de comentário social em estrutura de mistério, em torno do assassinato de uma jovem num clube de campo. O pano de fundo aqui é a viagem da Apollo 11 à Lua. Chamou a atenção não apenas do júri da Câmara Brasileira do Livro, que lhe conferiu o Jabuti, mas do crítico Wilson Martins, que apontou que "Rubens Teixeira Scavone escreveu o romance policial com estilo literário, acréscimo nada desprezível numa espécie em que a carência estilística é quase uma prova de autenticidade. Para ele o romance é uma arte - uma das artes de literatura que fixam, em cada momento dado, o nível da força criadora de um povo." Hélio Pólvora saudou o romance com: "O toque policial, o toque à ficção científica, o exame minucioso de um corte transversal da sociedade, à maneira contrapontística celebrizada por Aldous Huxley. Scavone escreve fluentemente, com graça e leveza. Sua prosa tem uma espontaneidade até certo ponto espantosa..." E Homero Silveira enxergou o Scavone de Clube de campo desta maneira: "Com inegável garra balzaquiana e forrado de material farto e bem elaborado, senhor de um senso de observação e de crítica invulgar entre nós, dono de uma linguagem forte, de uma estrutura narrativa exata, tem tudo o escritor paulista para um levantamento preciso e honesto da tragicomédia humana em que nos movimentamos." Bob Fernandes. Fonte: Terra Magazine.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eu, detetive: o caso do sumiço, de Stella Carr e Laís Carr Ribeiro.

Eu, Detetive, 1990, é um livro com uma postura diferente, que pretende associar jogo e literatura. Cada local de uma pequena cidade é um capítulo que entrega uma pista diferente para nossos heróis: Miúdo, Rita, Rapa e EU (o leitor). O leitor pode somente ler o livro de cabo a rabo ou se juntar a amigos e lê-lo numa ordem aleatória, tentando dar cada um sua própria solução ao mistério. Um grupo musical chamado Quarteto Segura as Calças desaparece pouco antes de seu primeiro grande show, logo após receberem um bilhete ameaçador. Os suspeitos são vários: a banda de meninas concorrentes, o antigo empresário da banda, um rapaz ciumento e um hotel concorrente da casa de shows. O final pré-estabelecido pelas autoras foi o de que o antigo empresário se juntou ao japonês do posto, que estava apaixonado pela namorada do guitarrista, e sequestrou o grupo, mas outras possibilidades podem ser dadas pelos leitores. Fonte: Editora Moderna..

Sete paus, de Mario Prata.

Em Sete de Paus, 2008, o leitor é conduzido por um enredo à altura dos clássicos do gênero, mas com um ingrediente que faz toda a diferença: seu peculiar humor. A trama tem início quando Hans Schneider, professor da Universidade Federal de Florianópolis, de reputação inabalável, aparece morto com um tiro na testa e com o próprio pênis enfiado na boca. Na virilha, uma carta de baralho: o sete de paus. Durante a investigação, ocorre outro assassinato com as mesmas características, o que leva a polícia a trabalhar com a hipótese de se tratar de um serial killer. Qual o motivo e, principalmente, quem estaria por trás desses crimes era uma pergunta que só o agente federal Ugo Fioravanti Neto e o seu jovem parceiro Darwin Matarazzo poderiam responder. E tinha de ser rápido - antes que o assassino em série fizesse mais uma vítima. Fonte: Livraria da Travessa.

Os viúvos, de Mario Prata.

O livro Os viúvos, 2010, segundo romance policial de Mario Prata, traz uma nova aventura do detetive Ugo Fioravanti e seu fiel companheiro Darwin Matarazzo na bela ilha de Florianópolis. Desta vez o ex-policial federal e agora detetive particular, Fioravanti, terá que desvendar dois sequestros, encontrar a dona de um belo traseiro pedido do príncipe de Dubai e descobrir quem é o louco remetente E.R.N. que lhe envia e-mails com desabafos sobre sua vida tediosa, seus problemas com a Receita Federal e com avisos dos vários crimes que cometerá. Será que os acontecimentos e os emails misteriosos têm alguma ligação? Quem é, afinal de contas, esse tal E.R.N.? Além da tumultuada rotina de uma investigação criminal, Fiora ainda precisa lidar com um triângulo amoroso envolvendo uma ex-namorada e sua filha, e resolver os problemas matrimoniais de Darwin, seu assistente. Nas 288 páginas cheias de suspense, permeadas pelo inconfundível humor corrosivo de Mario Prata, o leitor viaja pelo universo policial irreverente e instigante do autor, que usa e abusa de notas de rodapé sobre os nomes citados ao longo da trama, que revelam quem são, o que fazem e a ligação de cada um deles com os crimes, com o possível criminoso e com o detetive Fiora. Fonte: Livraria da Travessa.

domingo, 6 de novembro de 2011

A ideia de matar Belina, de Luiz Lopes Coelho.

O advogado paulistano Luiz Lopes Coelho é o elo perdido entre a tradição anglo-americana do romance policial e a moderna narrativa criminal brasileira. Seu detetive, o dr. Leite é o primeiro exemplar de uma galeria de investigadores como Mandrake (de Rubem Fonseca), Espinosa (de Luis Alfredo Garcia-Roza) e Venício (de Joaquim Nogueira). Há trinta anos as livrarias não oferecem contos de delicioso sabor belle époque desse A idéia de matar Belina, 2004. Com o retorno de Lopes Coelho à cena do crime, a editora DBA faz justiça ao charmosos e bem humorado introdutor de nosso romance criminal. Fonte: Livraria Saraiva.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Prisioneiros: um romance policial de Celso da Silva, de Celso de Albuquerque Silva.

Prisioneiros é um romance policial concebido nos moldes que definiram o gênero na literatura universal. Não faltam ao seu enredo o suspense característico das famosas aventuras policiais consagradas sobretudo pelo cinema norte-americano, as cenas eletrizantes que pouco a pouco vão desnudando ao leitor a trama até então obscura e ainda a ser desfiada ao longo dos capítulos finais, a carga emotiva de seus personagens em busca de uma resposta às suas indagações sobre a vida e suas elaboradas investigações que fatalmente vão levar ao leitor a verdade até então disfarçada e ambígua no desenrolar da narrativa. Além desses elementos necessários ao desenvolvimento do gênero, contudo, o autor escolheu ambientar a sua história em um local não muito comum às obras congêneres da literatura nacional. Assim, o universo soturno e assustador das frias salas de necropsias dos incomuns Institutos de Medicina Legal (IML) e a densidade psicológica de seus técnicos acostumados a enfrentar a figura da morte no seu dia-a-dia são aqui abordados, mas não pela curiosidade mórbida que tais situações podem suscitar a um leitor desavisado, mas sim com a intenção clara de revelar-lhe as extremas dificuldades enfrentadas pelas equipes médicas na sua prática profissional e na vivência cotidianas. Desse modo, se, de um lado, cenas extremamente fortes e carregadas de imagens perturbadoras vão tecendo pouco a pouco a realidade dos personagens relacionados ao ambiente profissional em que atuam; de outro, a perseguição a um criminoso em série que rouba os olhos de suas vítimas vai pontuando a realidade de um Departamento de Polícia e de seus personagens envolvidos. Num estilo próprio e instigante, Celso da Silva constrói sua narrativa de modo espelhado, alternando ao longo dos capítulos duas tramas que ao final se encontram de modo surpreendente, revelando ainda uma terceira trama apenas anunciada no início do romance. Publicado em 2007. Fonte: Livraria da Folha.

Histórias de crimes e criminosos, organizado por Edgard Cavalheiro e Raimundo de Menezes.

Histórias de crimes e criminosos: uma antologia de contos brasileiros, 1956, Civilização Brasileira. Organização: Edgard Cavalheiro e Raimundo de Menezes. Fonte: http://openlibrary.org/books/OL6228457M/Histo%CC%81rias_de_crimes_e_criminosos.

Chame o ladrão: contos policiais brasileiros, organizado por Moacir Amâncio.

Chame o ladrão: contos policiais brasileiros, organizado por Moacir Amâncio, foi publicado em 1978.

Safra macabra, de Patrícia Galvão.

Os nove contos de Safra macabra, 1998, de Patrícia Galvão, a Pagu, foram publicados originalmente na revista 'Detective', dirigida por Nelson Rodrigues, em 1944. Sob o pseudônimo de King Shelter, a escritora do primeiro romance proletério do Brasil (Parque industrial, 1933), também se tornava a primeira autora brasileira a publicar regularmente histórias policiais. Fonte: Revista Agulha.

O segredo da senhora Greey, de Elaine Paiva.

A história de O segredo da senhora Greey, 2005, é ambientada em Florentis, uma fictícia localidade no sul do Brasil, famosa por ser a “cidade das essências”. Ao chegar lá, o protagonista criado por Elaine Paiva, o detetive Sleiyver depara-se, sem querer, com um grande segredo cujo centro é a misteriosa e solitária senhora Greey, que acaba sendo o fio condutor de toda a trama. (...) livro, ao mesmo tempo, intrigante e sensível, que nos conduz pela atmosfera perfumada da bucólica Florentis numa pequena saga de mistério, amor e reflexão. Talvez seja esta delicadeza onipresente no livro, que o torne tão especial. Mas é inevitável afirmar que estamos diante de uma escritora de personalidade e voz própria, que fugiu do lugar-comum ao qual a Literatura policial brasileira sucumbiu e produziu uma obra singular, que se lê rapidamente, deixando uma sensação de “quero mais”. Luís Eduardo Motta. Fonte: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1999&titulo=Um_novo_caminho_na_literatura_policial_brasileira.

As jóias da coroa, de Álvaro Cardoso Gomes.


As joias da coroa (Editora Alaúde, selo Tordesilhas, 2011) é o terceiro volume da série de aventuras do investigador Douglas de Medeiros (os outros são A boneca platinada, Editora Girafa, 2007, e O comando negro, Editora Globo, 2009). Trata-se de um romance policial de intensíssima ação, cujo protagonista, um incorruptível investigador lotado num distrito policial de Campo Grande, região barra pesada do centro-sul da cidade de São Paulo, é um solteirão cronicamente sem dinheiro, que malvive num apartamento empoeirado, onde “as garrafas e latinhas de cerveja se amontoavam na pia e no banheiro e o cesto de lixo regurgitava de papel higiênico”. (...) Caracteriza-se esse policial duro e algo violento pela coragem física e tenacidade, que, combinadas com a capacidade de recolher e coordenar informações, o conduzem a êxitos nos quais, com frequência, participa uma inspiração – o que os profissionais chamam “o instinto do tira”– que nem ele mesmo sabe de onde provém. Um tanto sentimental e dotado de uma capacidade inaproveitada de reflexão, Medeiros é um diamante bruto, pois embora inteligente e formado em Direito, tem pouca cultura e não lê mais que romances policiais do gênero noir, como os de Raymond Chandler e Dashiell Hammett. (...) Quando a mesma cliente lhe lança um desafio, ao sugerir que poderia achar uma pista num conto de Edgar Allan Poe, Medeiros não se faz de rogado, compra em seguida uma edição dos contos de Poe e lê "A carta roubada", onde aparece o detetive particular C. Auguste Dupin, considerado por alguns autores como um predecessor de Sherlock Holmes. Medeiros é, assim, um ser contraditório, que sobrevive nadando contra a corrente, numa sociedade descrente da justiça, graças à sua integridade pessoal e ao seu sentido de humor, cínico e ferino, cujo primeiro alvo é ele mesmo: “Vivia sozinho, na companhia de aranhas, percevejos e baratas que tinham a vantagem sobre as pessoas de, pelo menos, não exigirem nada de mim.” É contra esse pano de fundo que se desenrola o caso em que Medeiros, injustamente suspenso de funções por ter matado um assaltante em legítima defesa, procura ajudar um amigo, investigando por conta própria o desaparecimento de um brilhante valiosíssimo. As deploráveis circunstâncias de sua vida pessoal, aliadas a um relacionamento simbiótico entre policiais e criminosos, contribuem para criar uma situação de permanente tensão, pontilhada por cenas de realismo brutal: “Ouvi um disparo e senti como se um ferro em brasa me queimasse o antebraço esquerdo. Sem pensar duas vezes, saquei o Colt e atirei à queima-roupa. A cabeça do vagabundo estourou que nem um melão. A sangueira esguichou, me sujando a cara, o peito.” A narrativa, em primeira pessoa e tom coloquial, avança em ritmo acelerado, com frases rápidas, combinando mistério e detecção com sequestros, chantagem, corpos que desaparecem, tiroteios e perseguições em alta velocidade na calada da noite, numa bem montada cavalgada de suspense e surpresas que nos obriga a continuar a leitura até um desfecho tão emocionante quanto inesperado. Milton M. Azevedo. Fonte: http://www.debatesculturais.com.br/as-joias-da-coroa/. 

O comando negro, de Álvaro Cardoso Gomes.

O comando negro, 2009, inaugura a nova coleção policial da Editora Globo e marca uma virada na carreira literária do autor. Se o “realismo fantástico” caracterizou suas primeiras obras, ele agora parte para o “realismo brutal” do romance policial noir, centrado na realidade crua e no policial “durão”. A filha de um grande empresário paulistano vai parar no esconderijo do traficante Nenzinho, líder da facção criminosa conhecida como “Comando Negro”. O investigador Medeiros, do 113º DP, bairro de Campo Grande, é então convocado a trazer a garota de volta. A fim de se infiltrar no quartel-general do “Comando”, Medeiros, apesar de visceralmente íntegro, vê-se obrigado a assumir a condição de renegado da polícia e a agir fora da lei, além de poder contar a partir de agora apenas com sua coragem e sua esperteza. Caminho certo para uma dura crise existencial em meio ao caos e à violência, para não falar da “porrada” adicional de uma grande perda amorosa. Em seu segundo romance policial (depois de A boneca platinada e antes de As jóias da coroa, inédito, com os quais O comando negro compõe uma trilogia), Álvaro Cardoso Gomes cria uma aventura policial clássica, com linguagem crua e ritmo frenético, centrada num personagem da mesma linhagem de Philip Marlowe, Sam Spade e Mike Hammer, além de cheia de referências ao seu universo ficcional (“Liguei o som, e a voz de Nina Simone, cantando Alone again, encheu o ambiente”). Mas, ao mesmo tempo (“Os tiros, os gritos e o cheiro de sangue me conduzem outra vez pelas ruas esburacadas de Engenheiro Marsilac, aquele fim do mundo...”), o livro transporta toda a força do gênero para uma realidade muito mais próxima, e ainda mais brutal: o mundo do crime organizado, do tráfico de drogas e da corrupção policial no cenário sombrio da periferia de São Paulo. Fonte: Editora Globo.

Boneca platinada, de Álvaro Cardoso Gomes.

Quando foi chamado pra desvendar mais um dos tantos crimes que ocorrem diariamente na cidade, o investigador Medeiros não imaginava as consequências daquele caso para a sua vida. O cadáver com o rosto enfiado no barro de uma estradinha de terra, uma peruca brilhante, a minissaia e os saltos plataforma jogados longe do corpo aparentemente confirmavam a rotina de sua profissão. Rufiões, prostitutas, travestis seriam ouvidos, e os corruptos de plantão e a malandragem investigados até que se encontrasse alguma pista.Ou mesmo uma testemunha inesperada que tornasse sua vida mais fácil. Para tudo isso estava preparado. Só não esperava pela garota, de cabelos curtos, quase ruivos, óculos escuros e pernas longas, tomando sol na espreguiçadeira da casa de um deputado. Medeiros é um investigador do 113º DP de Campo Grande, na Zona Sul, uma das regiões mais violentas da capital paulista. Ele é um detetive durão, solitário e frequentador das boates e inferninhos do centro da cidade. Leitor de romances policiais, sonha viver à maneira dos tiras famosos dessas aventuras, como o Marlowe, do Raymond Chandler, o Mike Hammer, do Mickey Spillane e o Sam Spade, do Dashiel Hammett. Em seus plantões na delegacia, está acostumado a se defrontar com uma rotina sobrecarregada de homicídios, assaltos, latrocínios, seqüestros e outros crimes registrados pelas páginas policiais. Por isso mesmo, e pelas circunstâncias que envolvem as ocorrências, percebe logo que tem nas mãos um caso complicado e de solução difícil, quando é chamado para desvendar o assassinato desse travesti, cujo cadáver é encontrado próximo à represa de Guarapiranga.  O autor escreveu quatro livros de literatura policial, três já foram lançados: Boneca platinada, 2007, Comando negro, 2009,e As jóias da coroa; além do inédito Dama de Ouro. Fonte: Livraria Saraiva ehttp://www.skoob.com.br/livro/45158-a-boneca-platinada.

Ed Mort e outras histórias, de Luís Fernando Veríssimo.

Este é um livro de crônicas divertidas e surpreendentes com fatos que apesar de singulares em sua narrativa poderiam acontecer na vida de qualquer um. Trás algumas das melhores histórias que podem ser lidas de forma aleatória, tendo destaque: "A metarmofose", que conta a história de uma barata que um dia se transforma em uma mulher. nessa transformação o livro faz uma brincadeira, uma comparação. “Armadilha”, que deu à luz Ed Mort, abre o livro com a famosa apresentação: “Meu nome é Mort. Ed Mort”. A seguir, dentro da seleção de crônicas publicadas em “Playboy”, “Zero Hora”, “Folha da Manhã” e “Jornal do Brasil”, estão duas que se tornariam clássicas: “As noivas do Grajaú” e “Uma surpresa para Daphne”. Ed Mort é uma paródia dos detetives das histórias norte-americanas de detetives, principalmente as de Dashiell Hammett e Raymond Chandler. É um detetive particular trapalhão sem dinheiro, que se mete em todo o tipo de encrencas. Ele divide seu espaço - um escritório em Copacabana, que ele chama apenas de "escri" porque é muito pequeno - com 117 baratas e um rato albino chamado Voltaire. Suas histórias estão compiladas nos livros Ed Mort e outras histórias (1979) e Sexo na cabeça (1980), publicados pela L&PM. O personagem também foi adaptado para tiras diárias de quadrinhos desenhadas por Miguel Paiva, peça de teatro, especial de TV e para o cinema. Ed Mort foi publicado em tiras de jornal nos anos 1980, com texto de Veríssimo e desenhos de Miguel Paiva. As tiras eram seriadas e cada história completa foi lançada em compilações pela L&PM:
  1. Ed Mort em Procurando o Silva (1985)
  2. Ed Mort em Disneyworld Blues (1987)
  3. Ed Mort em Com a Mão no Milhão (1988)
  4. Ed Mort em Conexão Nazista (1989)
  5. Ed Mort em O Sequestro do Zagueiro Central (1990)
Em 1997, Ed Mort virou filme, dirigido por Alain Fresnot, com roteiro baseado no conto Procurando o Silva, o detetive. Paulo Betti dá vida ao detetive particular que é contratado por uma mulher misteriosa para descobrir o paradeiro do seu marido, Silva, especialista em disfarces e executivo das indústrias Delbono. Em 1993, a Rede Globo produziu um especial de fim de ano com Luis Fernando Guimarães no papel: Ed Mort: nunca houve uma mulher como Gilda. O personagem voltou a aparecer, mais uma vez interpretado por Luís Fernando Guimarães, no Programa de Auditório, em 1994. Além desses especiais, um curta metragem produzido pelo Centro de Produção de Televisão e Vídeo: o CPT. Em 1993 estreou no Rio uma adaptação de Procurando o Silva para teatro, com Nizo Neto como Ed. Adaptação e direção de Fernando Lyra Reis. Fonte: L&PM e http://pt.shvoong.com/books/1693139-ed-mort-outras-hist%C3%B3rias/#ixzz1ce0wMK00.

Nada mais foi dito nem perguntado, de Luís Francisco Carvalho Filho.

Segundo Milan Kundera, romances em particular, e obras ficcionais em geral, são "o terreno onde o julgamento moral é suspenso". Em outras palavras, neles é possível, ainda que por um breve instante, esquivar-se à "irremovível prática humana de julgar a todos, sem parar, sem compreender". Em sua estréia literária, Nada mais foi dito nem perguntado, 2001, o advogado Luís Francisco Carvalho Filho parece ter decidido comprovar essa tese de uma vez por todas. O resultado é um livro singular e surpreendente. A intenção de "suspender o julgamento" é tanto mais interessante quanto se leva em conta que os treze textos de Nada mais foi dito nem perguntado têm a ver com o cotidiano do direito nos fóruns e delegacias. Carvalho Filho usa armas curiosas. Ele não escreve contos, mas esquetes que se desenrolam por meio de ágeis diálogos, registrados com objetividade e sem espaço para intervenções "autorais". Além disso, a variedade de personagens e situações exibidas não deixa espaço para estereótipos: não estamos diante de um sistema legal previamente concebido como corrupto ou justo. Espertamente, Carvalho Filho também se concentra em procedimentos como a audiência ou o interrogatório, e jamais no momento dramático da sentença. Ou seja, todas as situações registradas por ele acabam em suspenso, e nunca numa decisão. Para terminar, talvez se pudesse acrescentar uma última volta ao parafuso. Pois num dos textos, Caveirinha, é a própria capacidade da linguagem de transmitir informações precisas que é posta em questão, durante uma atrapalhada audiência. Ou seja, passo a passo, o autor vai deixando de lado tudo que é seguro e certo. Com isso, seus esquetes são um arguto e divertido retrato do universo legal brasileiro. Mas são também algo mais: celebram o prazer e a liberdade envolvidos nos atos de ler ou escrever ficção. Carlos Graieb. Fonte: http://veja.abril.com.br/110401/veja_recomenda.html.

O escaravelho do diabo, de Lúcia Machado de Almeida.

O Escaravelho do Diabo é um clássico da literatura brasileira, lançado em 1972 na coleção Vaga-Lume, da Editora Ática. Foi escrito por Lúcia Machado de Almeida e ilustrado por Mario Cafiero, até hoje foram feitas cerca de vinte e seis edições do livro. Selecionado para o Programa Nacional de Biblioteca da Escola em 1999. Trata-se de um livro de histórias policiais, em que a história gira em torno de assassinatos seguidos. As vítimas são todas ruivas legítimas, com a coloração capilar que lembra o fogo. Antes de morrer recebem um estranho pacote embrulhado, que contém dentro um escaravelho e que depois descobrem o nome cientifico que parece anunciar sua morte. Tudo começa com o assassinato de Hugo. Seu irmão Alberto, estudante de medicina, com a ajuda de Inspetor Pimentel e subinspetor Silva resolvem solucionar o mistério. Em uma de suas buscas pelo assassino de seu irmão e de outros ruivos da cidade, Alberto conhece Verônica, uma simpática senhorita que vive na pensão de Cora O’Shea, a partir disto, Alberto se vê dividido entre solucionar o mistério da morte de seu irmão, ou conquistar o amor de Verônica.Leia mais em: http://ebooksgratis.com.br/livros-ebooks-gratis/literatura-nacional/infanto-juvenil-o-escaravelho-do-diabo-lucia-machado-de-almeida/#ixzz1cdqXIbCz.

O homem que matava quadros, de Luiz Lopes Coelho.

O escritor cria, nessa coletânea de contos, situações das mais enredadas, em que se envolve a sagacidade policial para descobrir os autores dos mais enredados crimes. Segundo a crítica, o autor seria o melhor escritor brasileiro dentro da literatura do gênero policial. (...) Não aceitando a tese de alguns derrotistas que tal tipo de narrações não podia jamais encontrar ambiente nas letras aborígenes. Luiz Lopes Coelho tem provado o contrário com seu magnífico talento. No Brasil, também, com as próprias cores de nosso nacionalismo se pode dar esplêndida nuança a essa faceta palpitante da literatura. Para isso, dentro da marcha dos acontecimentos policiais, fugindo aos casos mais rotineiros e também nisso empenhando a sua brilhante imaginação, o notável escritor paulista foi buscar elementos que o consagraram como verdadeiro mestre no assunto. Tanto O homem que matava quadros, 1961, como A morte no envelope são livros que apontam as excelentes qualidades de Luiz Lopes Coelho no gênero a que se vem dedicando desde sua estréia nas letras. O primeiro conto fala da morte da encantadora Doraci, é de grande validade pelos pormenores que cercam o mistério, desvendado no final de maneira quase abrupta. A narração feita na primeira pessoa conduz os fatos para um desfecho inesperado. Depois vem o "Grito de Horror no Abaeté", mostrando o fim trágico de um marido enciumado e desesperado. O melhor do livro está no terceiro conto, aquele que dá título ao livro. Nele o autor deixa exposto todo o brilhantismo de seu talento. O leitor também se empolgará com "A escultora cinzela a morte" No quinto conto, mais uma vez, o célebre personagem que o autor criou para figurar em suas histórias, o arguto delegado Dr. Leite, se vê às voltas com um dos casos mais intrincados de quantos já passaram por suas diligências, pois são três os suspeitos em torno de um misterioso crime. Fonte: http://pt.shvoong.com/books/1768767-homem-que-matava-quadros/#ixzz1cdoGkOVe.

A morte no envelope, de Luiz Lopes Coelho.

Luiz Lopes Coelho é um desses raros autores brasileiros que partiram para o ramo de Agatha Christie com um brilhantismo impressionante. Usando um estilo sóbrio, uma linguagem escorreita, sabe conduzir o leitor de um a outro episódio com o mesmo fascínio que lhe causa desde as primeiras páginas. E dando a esse gênero literário todo um sabor nosso, veio provar serem falsas as teorias que pretendiam atestar a inexistência de uma literatura policial em nosso idioma. Luís Martins. por exemplo. afirmava que "a novela policial só pode desenvolver-se em países cujas instituições políticas e jurídicas se baseiam em normas essencialmente democráticas, em que haja realmente um autêntico respeito pela pessoa humana." E mais cético: "Se o romancista, entre nós, não quisesse fazer obra inteiramente falsa, sem qualquer possibilidade de convencer o leitor, deveria criar sua hipótese dramática de acordo com o que de fato aconteceria no caso de um crime real: a polícia começaria prendendo todos os suspeitos, e a obra não passaria da terceira página, isto é. não haveria romance, e sim uma trágica descrição de espancamentos. interrogatórios, torturas físicas e notícias berrantes nos jornais de escândalo. Luiz Lopes Coelho. brilhante causídico paulista, pôde, contrariando a opinião de Luís Martins, demonstrar que há campo para o romance policial no Brasil. Nos seus contos apresenta um delegado sereno, grisalho, bastante arguto e inteligente. O Dr, Leite. que vai aos poucos desvendando todos os mistérios que envolvem certos crimes. E, sem usar precipitações, também o autor descerra a sucessão das cenas de tal modo que o leitor possa acompanhar os fatos, inteirando-se dos pormenores sem esforço e ganhando facilmente fôlego para ir ao fim de cada narrativa."Seu livro O homem que matava quadros mereceu os mais amplos aplausos da crítica. Nomes famosos em nossa literatura confirmam a excelência de seus contos: "Contos, todos. da melhor qualidade literária, com todos os ingredientes de ''''suspense'''' e imprevisto que são o encanto desse tipo de ficção. As narrativas de Luiz Lopes Coelho são de molde a nos prender a atenção pelo toque de sensação que há em cada página; pelo frisson de vida que dá vibração a cada história; pela autenticidade humana que marca os tipos e os fatos," (Waldemar Cavalcanti). "Esse espírito, essa leveza de Luiz Lopes Coelho é que fazem de seu livro uma coletânea de contos de gostosa leitura." (José Condé) Daí, o estímulo que devemos levar aos nossos jovens, apontando-Ihes obras de tal qualidade. em que o gosto da leitura de tal gênero se vai aliar à apreciação de um agradável estilo e de uma linguagem sem deturpações e vícios, toda singela e limpa, dando aos leitores os melhores momentos de deleite, ao mesmo tempo que os enche de emoção. Publicado em 1957. Fonte: http://pt.shvoong.com/books/1768765-morte-envelope/#ixzz1cdXz7nxi.

Hotel Brasil: o mistério das cabeças degoladas, de Frei Betto.


Um hotel na Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro, é um retrato típico do mosaico de pessoas que circulam na região: vivem nele travestis, cafetinas, pretensos escritores, jornalistas de porta de bar, ingênuos iludidos que vêm do interior tentar a sorte na cidade grande, pessoas com muita pompa e muito pouca circunstância, além de outros moradores de perfil “exótico”. É neste local que crimes bárbaros vão ganhar as páginas de jornais e espaços em noticiários de TV: a especialidade do assassino é fazer rolar, literalmente, as cabeças de suas vítimas. Este é o mote de Hotel Brasil – o mistério das cabeças degoladas, 1999, romance que marca a estreia de Frei Betto na literatura policial. Retrato sem retoques da vida na metrópole, Hotel Brasil aborda temas polêmicos como a violência policial, as drogas e a marginalização dos miseráveis. O perfil dos personagens é apresentado em forma de depoimentos dados à polícia: Seu Marçal é um velho negociante de pedras preciosas, que traz das viagens que faz à sua terra natal, em Minas Gerais; Rosaura veio tentar a sorte no Rio, trabalha como faxineira, mas sonha em ser atriz de TV; madame Larência é uma velha cafetina que optou pelo isolamento emocional; Jorge é o servente do hotel, que dorme entre vassouras e detergentes; Marcelo é o clássico jornalista revolucionário-de-tablóide; Pacheco é um assessor político que conhece meio mundo de pessoas importantes, mas prefere a companhia de prostitutas e dos hóspedes do hotel decadente que escolheu para viver; Dona Dinó é a senhoria do hotel que vive com Osíris, o gato, em seu colo; Diamante Negro é travesti com orgulho e tagarela por excelência. Por fim, Cândido é profissional das letras, poeta por vocação e redator por necessidade. Solitário, encontra consolo trabalhando com menores carentes.Todos eles caem na mira do delegado Olinto Del Bosco, que segue a cartilha dos métodos policiais de interrogatório à risca e que inclui intimidação, falsa compaixão e tortura. Achar o assassino do hotel é sua missão mais importante e ele não medirá esforços para encontrar o culpado, ou melhor, um culpado. E todos são suspeitos. Em meio à onda de crimes, Frei Betto abre espaço para discutir a violência urbana, particularmente, a situação de menores carentes que acabam seguindo uma vida de crimes, muitas vezes, sem alternativa, em uma comovente história paralela. Cândido é seu porta-voz. Em busca de algo maior que preencha sua vida medíocre de redator de editora responsável pela confecção de fascículos que falam de sexo e espiritualidade, o poeta desenvolve uma relação paternal por Bia, menor que foge de uma unidade para menores infratores, perseguida por criminosos e policiais corruptos; e uma relação platônica com Mônica, antropóloga que não consegue falar de seus sentimentos e os revela em cartas que nunca são enviadas ao destinatário. Em Hotel Brasil, Frei Betto mistura, em prosa fluida, suspense, romance e crítica social em uma história que é um caleidoscópio do país em que vivemos.Fonte: Editora Rocco.

Um crime delicado, de Sérgio Sant´Anna.

Ambientado no Rio de Janeiro, Um crime delicado, 1997, conta em primeira pessoa a história de Antônio Martins, um crítico de arte cinqüentão que se envolve com Inês, uma jovem manca a respeito de quem ele não sabe quase nada. Depois de muitas buscas e especulações, o crítico descobre que Inês é modelo do artista plástico Vitório Brancatti e suspeita de que este mantenha com ela uma relação ambígua, entre paternal e sádica. Este livro de Sérgio Sant'Anna é várias coisas ao mesmo tempo: insinuante trama policial, história de amor embebida num erotismo insólito e reflexão sobre a arte e a crítica. Prêmio Jabuti 1998 de Melhor Romance. Fonte: Companhia das Letras.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Peixe morto, de Marcus Vinícius de Freitas.

"Os peixes inundavam a boca. Meia dúzia de acarás foi enfiada pela boca do morto, com os rabos deixados para fora, presos por uma espécie de cambão de arame que varava as bochechas, num arremedo de anzol. O corpo boiava meio de lado, massa inerte entre a marola e a sujeira da lagoa, mordiscado por carazinhos. Não notei logo o inusitado da boca – o pescador foi quem me apontou o detalhe grotesco – pois o estado terrível do corpo absorvia toda a atenção. A pele do tronco havia sido arrancada a partir de cortes regulares na base do pescoço e nas dobras das axilas. ‘Talho de taxidermista’, pensei comigo, numa sensação misturada de assombro e encantamento.” É a partir de uma pergunta que atormenta o personagem central que a história de 'Peixe Morto' se desenrola - 'Mas quem poderia ter matado Ascânio Guedes?'. Trata-se da história de um personagem que vê sua vida mudar quando vestígios de um crime brutal apontam para o seu trabalho de historiador das ciências especializado em Criacionismo.  Peixe Morto (Belo Horizonte: Autêntica, 2008), ganhador do Prêmio Petrobrás Cultural 2007 para projetos de ficção e finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2009. Fonte: Editora Autêntica.

Paisagem noturna, de Vera Carvalho Assumpção.

Neste romance policial, publicado em 2003, o detetive Alyrio Cobra é contratado por um rico executivo para investigar um caso aparentemente solucionado pela polícia. A professora assassinada era sua irmã e impedia a venda de drogas nas salas de aula. Dois alunos confessaram o crime e a polícia concluiu o caso. Fonte: Editora Landscape.

O canto da Sereia: um noir baiano, de Nelson Motta.

Fã de carteirinha dos livros de suspense e exímio conhecedor dos bastidores do show-biz, Nelson Motta escreve seu primeiro romance, aliando bom humor com mistério e revelando tudo o que envolve a criação e a morte de um mito. Nunca se viu nada parecido na Bahia. O assassinato da musa do carnaval, em plena terça-feira gorda, eletrizou Salvador – quem teria motivos para matar a linda Sereia, que aos 22 anos se tornara uma estrela exuberante do pop nacional? A princípio ninguém, mas a lei do suspense clássico também vigora nesta trama de belos e misteriosos cenários baianos.Incluindo o mordomo, são todos suspeitos: os produtores artísticos, a fiel empresária, o compositor dos hits  de Sereia e a mãe de santo mais poderosa da Bahia. Em O canto da Sereia — um noir baiano, 2002, Nelson Motta desvenda a indústria do disco sob um ponto de vista divertido e original: o olhar de Augustão, o nosso investigador particular, o detetive que não vive sem sexo, drogas e afro-jazz. Os personagens ficctícios transitam com desenvoltura pela capital baiana e se misturam a personalidades como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Caetano, entre outros ilustres que animam a folia baiana. Fonte: Editora Objetiva.

A invenção do crime, de Leida Reis.


Na Líbia, um traficante de armas não entende por que está sendo excluído do esquema. Na Romênia, um promotor não pode mais investigar o tráfico de ópio e a morte de um poeta. No Rio de Janeiro, um matador sequer consegue entrar em casa, ainda que o chaveiro venha trocar a fechadura algumas vezes. Outras estranhas histórias se sucedem e, por enquanto, o personagem principal de A invenção do crime, 2010, primeiro romance da jornalista Leida Reis, ainda nem apareceu. Aos poucos, as peças começam a se encaixar. Este homem, denominado o Herói, é exímio especialista em apagar os rastros deixados por uma pessoa desde o nascimento, até chegar na própria pessoa e tirá-la de algum modo de circulação. Não matava, destruía identidades. Foi assim até que, em decorrência de um acontecimento que se esclarecerá depois, o Herói irá matar pela primeira vez. No último fragmento, o maior do livro, um escritor, em narração na primeira pessoa, fornece informações que completam as peças do quebra-cabeça. Fonte: Editora Record.
Ver: http://www.cultura.mg.gov.br/files/2011-setembro-outubro.pdf

Vende-se vestido de noiva, de Denise Assis.

Vende-se vestido de noiva, de Denise Assis, conta a história de Letícia, uma moça humilde que vive em Belo Horizonte e trabalha em uma loja de vestidos de noiva. Ela escolhe o modelo mais caro para o seu próprio casamento mas, infelizmente, o noivado é desfeito. A fim de recuperar o dinheiro gasto, põe o vestido à venda num classificado de jornal. Só que, para comprá-lo, surge Vânia, a atual namorada de seu ex-noivo. Pouco tempo depois, Vânia aparece morta. Fonte: Editora Rocco.

O caso da borboleta Atíria, de Lúcia Machado de Almeida.

Ação e mistério se misturam nesse clássico da série Vagalume, em que a detetive borboleta Atíria investiga um crime e a atividade de um perigoso criminoso do mundo da floresta. Em um cenário de fundo digno de fábulas, a história se intercala com elementos do mundo animal, sendo mesmo um instrumento de aquisição de cultura sobre espécies animais que são tradicionalmente ignoradas ou mal-interpretadas. Fonte: Editora Ática.

Um rosto no computador, de Marcos Rey.

Um rosto no computador, 1993,  da Série Vaga-Lume, é sequência de O mistério do cinco estrelas (1981), O rapto do Garoto de Ouro (1982) e Um cadáver ouve rádio (1983). Nessa quarta e última aventura, o trio de investigadores formado por Léo, Angela e Gino tem de localizar Lia Magno, uma garota ingênua que desaparece misteriosamente, logo depois de ganhar um concurso badalado de beleza. O que teria acontecido? Sequestro? Ou Morte? Fonte: Editora Ática.

Um cadáver ouve rádio, de Marcos Rey.

Um cadáver ouve rádio foi publicado em1983 pela Editora Ática na Série Vaga-Lume, sequência de O mistério do cinco estrelas (1981) e O rapto do Garoto de Ouro (1982).Quem pode ter assassinado um pobre sanfoneiro? Tudo o que se sabe é que ele era muito querido por todos. Leo, Gino e Ângela resolvem investigar o crime, descobrindo uma estranha galeria de suspeitos. Fonte: Editora Ática.

O rapto do Garoto de Ouro, de Marcos Rey.

O rapto do Garoto de Ouro foi lançado em 1982 pela Série Vaga-Lume, sequência de O mistério do cinco estrelas. O livro narra a segunda aventura do trio de detetives amadores juvenis Léo, Ângela e Gino. A história se passa no bairro Bela Vista (Bexiga), em São Paulo, e conta o rapto de um menino, que se tornou um recente astro de roque conhecido como Garoto de Ouro e que iria comemorar seu aniversário de 16 anos em uma cantina, próxima à sua casa, com os amigos e a família, quando é raptado. Seu desaparecimento passa então a ser investigado pelo trio de protagonistas e seu chefe Jaimão. Fonte: Editora Ática.

O mistério dos cinco estrelas, de Marcos Rey.

O mistério do cinco estrelas foi lançado em 1981 na Série Vaga-Lume, da Editora Ática. Foram vendidos mais de 3 milhões de exemplares, sendo presença obrigatória nas bibliotecas de escolas de todo o país. A trama gira em volta do Emperor Park Hotel, um luxuoso cinco-estrelas de São Paulo que abriga muitas pessoas importantes. Léo, o mensageiro do hotel, vê um homem no quarto de um importante hóspede permanente do hotel, o Barão. Posteriormente, vê alguém debaixo da cama do morador do 222. A sua procura, encontra o cadáver do estrangeiro Ramón Vargas, na lavanderia do Hotel. A partir daí, uma série de surpresas e um clima de suspense toma conta de sua vida. Quem acreditaria na palavra daquele simples mensageiro? Quem acreditaria que ele seria inocente quando, contra a palavra dele, há a de um poderoso hóspede do hotel? Gino, Ângela e Guima (Guimarães) resolvem ajudá-lo a resolver esse mistério e salvar suas próprias vidas postas em risco ao longo da investigação. O trio de detetives juvenis, Gino, Ângela e Guima, aparece em outras aventuras, como O rapto do Garoto de Ouro, Um cadáver ouve rádio e Um rosto no computador. Todas elas se passam em São Paulo, cidade de Marcos Rey, com os mistérios acontecendo em importantes centros culturais e bairros históricos; como em O Rapto do Garoto de Ouro, cujo cenário é o bairro Bela Vista, popularmente conhecido como Bairro do Bixiga). Fonte: Editora Ática.

O mistério dos MMM, de Rachel de Queiroz e outros escritores.

As luzes acesas, as manchas de sangue nos móveis, uma fantasia jogada no chão; no quarto - um cadáver de borco no tapete; na escrivaninha - 3 diferentes maços de papéis. Eram cartas de mulheres. Não havia nome assiná-las. Apenas a letra "M". Quem seriam estas mulheres e que ligação teriam com o crime é o que saberemos com a leitura deste romance que, nas palavras de João Condé, é "realmente vivo e palpitante, um livro que ficará entre os melhores, no gênero, já escritos em língua portuguesa". O mistério dos MMM, romance policial de autoria coletiva, foi escrito em 1964 e pode ser definido como uma brincadeira muito séria. Brincadeira porque cada um dos dez autores (na época já escritores consagrados) escreveu um capítulo dando sequência ao capítulo recebido de outro. Fonte: http://www.skoob.com.br/livro/6700-o-misterio-dos-mmm.

Se eu fosse Sherlock Holmes, de Medeiros e Albuquerque.

Se eu fosse Sherlock Holmes foi publicado em 1932. Guanabara (Rio de Janeiro). O conto que dá título ao volume e “O assassinato de D. Heloísa” são policiais. Fonte: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesaberta/0510542_07_postextual.pdf.

O assassinato do general, de Medeiros e Albuquerque, Benjamin Constallat e Micolis.

O assassinato do general (1926), com Benjamin Constallat e Micolis. Ed. Contos (Rio de Janeiro). O conto que dá título ao volume é policial e “Crime impunido” e “Implacável” apresentam traços do gênero. Fonte: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0510542_07_postextual.pdf.

O mistério, de Viriato Corrêa, Medeiros e Albuquerque, Afrânio Peixoto e Coelho Neto.

Considerado o primeiro romance policial brasileiro, O Mistério, de Viriato Corrêa, Medeiros e Albuquerque, Afrânio Peixoto e Coelho Neto foi publicado em 1920.  Fonte: Revista Mafuá. Disponível em: http://www.mafua.ufsc.br/numero16/obra_rara/.

Réquiem para um assassino, de Paulo Levy.

Réquiem Para um Assassino (Editora Bússola) é a estreia de Levy como escritor. O romance policial apresenta Joaquim Dornelas, um delegado que foi abandonado pela mulher, está longe dos filhos e que é “correto, mas humano”, nas palavras do autor. A partir de um crime na praia, começa a investigar uma complexa rede de intrigas em Palmyra, cidade fictícia do litoral fluminense. Publicado em 2011. Fonte: Livraria Saraiva.

O gênio do crime, de João Carlos Marinho.

O Gênio do Crime inaugurou em 1969 as aventuras da Turma do Gordo, dando início a uma série de histórias de aventura, mistério e suspense, salpicadas com boa dose de humor. Com todos os ingredientes das histórias policiais: uma intriga instigante, a presença de um enigma a desvendar, detetives , suspeitos , testemunhas e um enredo bem engendrado, a obra foi muito bem recebida pela crítica e pelos leitores na época da publicação e continua até hoje fazendo sucesso, já na 48a edição. O tema, a falsificação de figurinhas por uma fábrica clandestina, move o universo das personagens, um grupo de amigos , na tentativa de conquistar o prêmio (um jogo de camisas de um time de futebol oferecido àqueles que completassem o álbum) , vão reclamar seus direitos na fábrica e acabam tornando-se amigos do fabricante das figurinhas, que quase vai à falência por causa do derrame de figurinhas falsas de uma fábrica clandestina. Conquistada a simpatia do Seu Tomé, dono da fábrica, e do Mr, detetive inglês invicto, contratado para descobrir os falsários, os meninos ganham a simpatia do especialista e passam a agir como auxiliares do detetive. Vigiar cambistas, seguir pistas, arriscar-se em manobras perigosas dão à intriga policial o sabor da aventura, seduzem e enredam o pequeno leitor que com os meninos se identifica e vive intensamente até o desvendamento do enigma. O texto, numa linguagem direta e acessível ao leitor, é temperado com pitadas de humor bem dosado, principalmente nos encontros da turma com o Mister. O Gênio do Crime tornou-se uma clássico das histórias de detetive na literatura infantil brasileira, inaugurando uma série de histórias do gênero escritas pelo autor. Travestidas de Sherlock Holmes e utilizando o raciocínio dedutivo, são as crianças que conseguem desvendar o enigma da fábrica clandestina de figurinhas, uma oportunidade de demonstrar a inteligência, a sagacidade, o senso de responsabilidade que elas possuem, mas nem sempre são mostrados nas páginas da literatura infanto-juvenil. O autor já teve outros livros premiados, abraçou outros temas, mas foi este tipo de enredo que o consagrou. As ilustrações em preto e branco não são imprescindíveis dada a força da trama, mas por se tratar de uma obra cujo suposto público alvo é formado por adolescentes, servem de pausa para respiração e de descanso ao leitor, totalmente envolvido pelo texto. O formato e o projeto gráfico são compatíveis com esse tipo de obra já que estão voltados para um leitor mais experiente. Rosa Cuba Riche. Fonte: http://www.globaleditora.com.br/joaocarlosmarinho/fatima_miguez.htm.

Bufo & Spallanzani, de Rubem Fonseca.

Com uma linguagem inteligente, ágil e irônica, Rubem Fonseca cria uma narrativa complexa, partindo de um mote aparentemente corriqueiro: a investigação de umassassinato. Bufo & Spallanzani, 1986, no entanto, é muito mais que isso, é um livro dentro do livro, uma refl exão sobre o gênero policial e sobre o próprio ato de escrever. Fonte: Ediouro.

E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto, de Rubem Fonseca.

O criminalista Mandrake retorna em uma trama de isolamento e depravação costurada por relatos do escritor Gustavo Flávio, um ávido e notório colecionador de mulheres ― que, desta vez, aparecem mortas, assassinadas, assim que fotos de cada uma delas são recebidas em envelopes anônimos. E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto, 1997, é um dos melhores exemplos da singular combinação de crueza e erudição que marca a obra de Rubem Fonseca. Precursor da moderna literatura urbana brasileira, o autor faz com que uma breve novela de estrutura detetivesca possa ser lida como um elaborado e sempre prazeroso ensaio sobre a arte do texto. Fonte: Ediouro.

O seminarista, de Rubem Fonseca.

Ex-seminarista que vive lembrando frases latinas, o matador de aluguel José gosta de ler poesia e de assistir filmes, e recebe os serviços de um personagem misterioso chamado Despachante. Disposto a iniciar uma vida nova, ele começa a receber dicas de que seria alvo de um antigo cliente. Conciso e intenso, neste romance encontramos Rubem Fonseca no domínio completo de seu estilo, com um final impactante e surpreendente. Publicado em 2009. Fonte: Ediouro.

A grande arte, de Rubem Fonseca.

Publicado originalmente em 1983 e vencedor do Prêmio Jabuti, A grande arte apresenta ao público um dos personagens mais famosos criados pelo genial Rubem Fonseca: Mandrake. Advogado charmoso e de prestígio, envolve-se numa misteriosa trama no submundo carioca e no deserto boliviano ao juntar-se com um matador profi ssional, especialista em facas, na tentativa de desvendar o misterioso assassinato de uma prostituta. Violência, fi na ironia e uma crítica social contundente no estilo que consagrou Rubem Fonseca como um dos grandes nomes da literatura contemporânea.​ Fonte: Ediouro.

Berenice procura, de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Um menino de dois anos, filho de diplomata, brinca na praia de Copacabana sob os olhos vigilantes da babá. Ele tem uma das mãos ocupada com uma pá, que carrega com orgulho, e a outra entretida em recolher objetos do chão. Quando avista um morrote de areia, resolve pôr o utensílio de plástico em ação e começa a cavar. Até que encontra um corpo. Esse seria mais um caso para o inspetor Espinosa - se Luiz Alfredo Garcia-Roza não tivesse decidido dar um descanso ao personagem de seus cinco romances anteriores. No lugar dele, o autor apresenta Berenice, uma taxista de 34 anos, também carioca, que corre todas as manhãs para agüentar o tranco de mais de dez horas diárias de trabalho. Berenice mora com a mãe e o filho; seu ex-marido, Domingos, faz visitas regulares aos três. Mais regulares do que Berenice gostaria, aliás. Domingos é jornalista free-lancer. Colabora com alguns jornais, repassando notícias que recolhe em hospitais e delegacias. Graças a essas conexões, e numa tentativa de se reaproximar da ex-mulher, vira seu informante sobre o assassinato do travesti Valéria - enterrado nas areias de Copacabana e encontrado pelo pequeno estrangeiro com sua pá. O ponto de Berenice fica bem próximo da cena do crime, e quando ela chega para trabalhar, naquela manhã quente de segunda-feira, fica sabendo do assassinato ocorrido na noite anterior. Pouco depois, durante a primeira corrida, a conversa com o passageiro gira em torno do crime - cena que se repetirá diversas vezes no táxi de Berenice, agora muito interessada no caso. Graças às informações recolhidas por Domingos, Berenice chega a Russo, um sem-teto que estava na praia no momento do assassinato. Russo passa as noites num túnel abandonado do metrô e conhece como ninguém as galerias subterrâneas do Rio de Janeiro.  Cansada de ser apenas uma "caixa de ressonância da cidade", um vazio onde as vozes dos passageiros ecoam, trazendo opiniões que entram e saem sem deixar nada, Berenice se envolve emocionalmente com o caso de Valéria e passa a comportar-se como detetive. E é através dela que Garcia-Roza nos apresenta um submundo inóspito da Cidade Maravilhosa, povoado por habitantes de galerias de águas pluviais e esgotos, órfãos criados por travestis, e delinqüentes que vivem de furtar turistas. Publicado em 2005. Fonte: Companhia das Letras.

Céu de origamis, de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Cecília é uma secretária competente. Depois que seu patrão sai do consultório dentário ela guarda todo o equipamento, desliga os aparelhos, tranca a porta e vai embora. Doutor Marcos é um homem tranquilo, e o trabalho com ele é sem sobressaltos. Hoje ele e a mulher vão jantar em casa de amigos. Fato raro, pensa a secretária. Em geral, doutor Marcos e a mulher ficam em casa. Estranho, para um casal jovem como eles... Cecília gosta de trabalhar no consultório. Tudo é sempre tão perfeitamente previsível que Cecília jamais poderia imaginar que no dia seguinte receberia a visita da polícia em busca de informações sobre seu patrão. Na véspera, doutor Marcos desaparecera sem deixar sinal. Não havia registro de acidentes de trânsito nem de nenhum tipo de ocorrência policial. Só que ele simplesmente não chegara em casa. E, como se não bastasse, havia um detalhe absurdo: o carro de doutor Marcos estava estacionado exatamente onde deveria estar, em sua vaga na garagem do prédio onde morava. O que teria acontecido com doutor Marcos? Sobre ele, Cecília explicaria a Espinosa: "Sempre foi atencioso e gentil, nunca alterou a voz, nunca reclamou com mau humor de alguma coisa. Ele parece irreal". Publicado em 2009. Fonte: Companhia das Letras.












Espinosa sem saída, de Luiz Alfredo Garcia-Rosa.

O delegado Espinosa, protagonista de outros romances de Luiz Alfredo Garcia-Roza, enfrenta um de seus casos mais enigmáticos: o assassinato de um anônimo sem-teto no alto de uma ladeira de Copacabana, na fronteira entre a cidade e a mata. Contra a tendência geral numa cidade violenta como o Rio, em que os homicídios ocorrem diariamente às dezenas, o delegado não arquiva o processo nem esquece o incidente, mas mobiliza toda a sua inteligência para elucidar o mistério, sempre acompanhado por seus fiéis auxiliares, o inspetor Ramiro e o detetive Welber. Outro assassinato, este de uma profissional bem-sucedida, ocorrido em Ipanema, vem se embaralhar ao primeiro. Convencido de que os dois crimes, aparentemente tão díspares, estão interligados, Espinosa vê crescer à sua volta uma rede de mistérios que envolve perversões sexuais, traumas de infância, trocas de identidade e surtos psicóticos. Com a narrativa engenhosa e enxuta que o transformou num dos mestres do gênero policial no Brasil, Garcia-Roza conduz seu personagem, e com ele o leitor, por uma exploração da topografia social carioca e, ao mesmo tempo, do terreno movediço da mente humana, servindo-se discretamente e sem pedantismo de seu vasto conhecimento de psicanálise e filosofia. Em nenhum romance anterior do autor ficaram tão evidentes os nexos entre a investigação policial e o trabalho psicanalítico. Com isso, Espinosa sem saída, 2006, além de atestar a perícia narrativa de Garcia-Roza, brinda o leitor com uma história empolgante que é, ao mesmo tempo, um convite à reflexão sobre as relações humanas no Brasil contemporâneo. Fonte: Companhia das Letras.










Janela em Copacabana, de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Copacabana, Rio de Janeiro. Dois policiais são executados em curto espaço de tempo. Suas mortes têm muito em comum. Ambas as vítimas eram tiras de segundo escalão, com carreiras medíocres. Foram eliminados pelo mesmo homem, um assassino que dispara à queima-roupa e não deixa rastro. O mundo policial entra imediatamente em rebuliço. Quem estaria disposto a correr o risco de sair matando tiras, ainda que inexpressivos? Gente ligada ao tráfico? À própria polícia? Em meio às confusões de seu cotidiano de livros sem estantes e mulheres fugidias, o delegado Espinosa tem poucos elementos para desvendar o caso, mas sabe que quem cometeu os crimes tem uma motivação forte. Se matar um tira não costuma nunca ser um bom negócio, alguém deve ter concluído que eliminar esses dois era uma questão de estrita necessidade - dos riscos, o menor. Percorrendo as ruas de sua geografia predileta, entre os bairros do Leme e de Copacabana, o delegado vai se deparar com outras mortes e com uma mulher enigmática e insinuante, casada com um figurão da área econômica do governo federal. Publicado em 2001. Fonte: Companhia das Letras.

Na multidão, de Luiz Alfredo Garcia-Rosa.

O delegado Espinosa enfrenta um de seus casos mais intrigantes: a morte por atropelamento de Laureta Sales Ribeiro, pensionista da Previdência Social. Ela acabava de sair do 12o. DP, em Copacabana, onde tentara conversar com Espinosa. Depoimentos de testemunhas levam à hipótese de homicídio. As investigações conduzem a uma agência da Caixa Econômica Federal e a um suspeito: um funcionário exemplar com o estranho hábito de fundir-se à multidão nas ruas do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, Espinosa faz uma incursão à própria infância, no Bairro Peixoto, e evoca a morte de uma menina, ocorrida quarenta anos antes. Enquanto o delegado remexe na memória e nos velhos álbuns de família, buscando no passado uma explicação para os acontecimentos presentes, o inspetor Ramiro e o detetive Welber vigiam os passos do suspeito. Quando tudo parece esclarecido, um novo assassinato surpreende a polícia e lança outra luz sobre a investigação. Em meio à confusão de sua vida afetiva, jogos de sedução e disputas amorosas, Espinosa tem de enfrentar um psicopata perigoso à procura de uma identidade redentora. Garcia-Roza, mais uma vez, perscruta o crime com o olhar da psicanálise e se consagra como um dos maiores autores da literatura policial brasileira. Reconstitui com maestria as motivações da mente psicótica e seu esforço desesperado de reescrever o passado, identificando as circunstâncias, algumas vezes fortuitas, que forjam um assassino. Com uma narrativa enxuta e empolgante, Na multidão, 2007,convida o leitor a refletir sobre as relações familiares, a culpa e a solidão. Fonte: Companhia das Letras.











Perseguido, de Luiz Alfredo Garcia-Rosa.

O psiquiatra de um hospital universitário sente-se perseguido por um jovem paciente. O sentimento de perseguição aumenta a cada dia e passa a ser vivido por outras pessoas ligadas ao médico. Misteriosamente, o paciente desaparece e, depois de alguns meses, é dado como morto. A essa morte seguem-se outras, sem que se possa determinar quem está sendo perseguido e quem é o perseguidor. Tampouco é possível concluir com clareza se as pessoas morreram de morte natural ou se foram assassinadas. Em meio a essa trama, o delegado Espinosa tenta separar o que é real do que é fantasia, tendo como guia apenas a convicção de que a morte não é um delírio. Fonte: Companhia das Letras.

Vento sudoeste, de Luiz Alfredo Garcia-Roza.


"Soprava um sudoeste em Copacabana quando o delegado Espinosa saiu para se encontrar com o homem que lhe fizera o estranho pedido: investigar um assassinato que ainda não tinha sido cometido e cujo assassino seria ele próprio. Mais estranho ainda: o homem ignorava o motivo do crime, como seria cometido e quem seria a vítima. Que motivos teria o investigador para levar a sério um caso que mais parecia assunto de psiquiatra do que de delegado de polícia? Pouco a pouco, entretanto, ele vai se enredando numa trama assombrada por conflitos psicológicos e assassinos em potencial. À medida que o tempo muda e ao sabor do vento sudoeste - prenúncio de perturbações de todo tipo -, o que de início se apresentava como delírio persecutório acabará assumindo feições brutais, num desafio à inteligência do titular da 12.a DP do Rio de Janeiro. Vento sudoeste, 1999, é o terceiro romance policial do psicanalista Luiz Alfredo García-Roza. O detetive Espinosa também é o protagonista dos dois anteriores, O silêncio da chuva e Achados e perdidos. Fonte: Companhia das Letras.

Achados e perdidos, de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

"Depois do sucesso de O silêncio da chuva, 1996, Luiz Alfredo Garcia-Roza volta com o policial Espinosa. O recém-promovido delegado de Achados e perdidos, 1998, continua o homem reservado do tempo da delegacia da praça Mauá, no centro do Rio. Neste livro, Vieira, delegado aposentado, está ao lado dele a cada novo fato violento, entrega-se aos encantos da insinuante Flor, a prostituta que termina por capturar também Espinosa ao lhe oferecer o corpo perfeito. O policial se deixa ainda perturbar pelo umbigo de Cristina, a pintora; quem sabe não se apaixonará por ela? Do Espinosa de antes, o leitor reconhecerá o constrangimento por falhar na proteção a um sem-nome, um desses meninos que infestam a noite e as ruas de Copacabana. Mas verá que, menos melancólico, ele se tornou também um homem de ação. Em Achados e perdidos o delegado Espinosa encontrou-se com a plena maturidade profissional". Fonte: Companhia das Letras.

O silêncio da chuva, de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

"Em O silêncio da chuva, 1996, romance de estréia de Luiz Alfredo Garcia-Roza, um executivo é encontrado morto, sentado ao volante do próprio carro, num edifício-garagem no centro do Rio. Não há outros sinais de violência, apenas a marca de um tiro, único e definitivo - é um morto de indiscutível compostura. O que só atrapalha o detetive Espinosa, que tem que desvendar um crime sem testemunhas e aparentemente sem pistas". Fonte: Livraria Cultura.

O homem que matou Getúlio Vargas, de Jô Soares.

"O homem que matou Getúlio Vargas, 1998, é uma biografia imaginária de Dimitri Borja Korozec, um anarquista especializado em assassinatos políticos, que se caracteriza por uma espantosa dificuldade em atingir as metas às quais se propõe. Sua 'propensão natural pela catástrofe' fará dele eternamente o homem certo na hora errada. Porém, não lhe falta perseverança e ele vai mudando de cidade e de país, sempre convencido de que sua missão é matar tiranos. Curiosamente, Dimitri está sempre no meio de algum acontecimento interessante. É assim que Jô Soares traça um roteiro geográfico para o seu assassino, e através dele, conta 40 anos de história. Fonte: Livraria Cultura. 

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, de Jô Soares.

"Neste seu terceiro livro, Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, 2005, Jô Soares apostou novamente na multiplicidade de gêneros que lhe abriu o reconhecimento internacional como escritor em O Xangô de Baker Street e O homem que matou Getúlio Vargas. O humor lhe serve de ferramenta para refletir sobre tudo. A vereda policial é a linha mais óbvia, mas não se trata de uma ação ao estilo clássico. O escritor reconstrói o Rio em 1924 e se interessa não só pelos seus grandes prédios, como o Petit Trianon, no Castelo, que tinha acabado de ser presenteado aos imortais pelo governo da França, como vai alinhavando a trama com detalhes de uma pesquisa histórica saborosa. Quem é o assassino? Quem inventou jeito tão diabólico de maldade? A trama é simples. Imortais da Academia Brasileira de Letras vão morrendo em cartões-postais do Rio. Sem sangue. Estrebucham aparentemente do nada. No bondinho do Corcovado, no altar da igreja da Candelária. A brincadeira proposta por Jô é fazer com que o leitor, no meio de várias pistas, descubra qual é a verdade e identifique o criminoso. Em alguns momentos, é um livro dentro do livro, pois há um imortal que também escreveu 'Assassinatos na Academia Brasileira de Letras'. Tudo é possível. Afinal, do jeito que Jô perfila seus personagens, todo imortal tem algum motivo para querer que a vida de seu colega não seja tão duradoura assim". Fonte: Livraria Cultura.

O Xangô de Baker Street, de Jô Soares.

"Um violino Stradivarius desaparecido, algumas orelhas cortadas e seus respectivos cadáveres trazem Sherlock Holmes ao Brasil, por recomendação de sua não menos famosa amiga Sarah Bernhardt. Porém, aquilo que parecia um pequeno e discreto caso imperial transforma-se numa saga cheia de perigos, tais como feijoadas, vatapás, mulatas, intelectuais de botequim, pais-de-santo e cannabis sativa. Sem falar, é claro, dos crimes do primeiro serial killer da história, que executa seu sinistro plano nota a nota, com notável afinação e precisão de corte. O britânico e intrépido detetive e seu fiel e desconfiadíssimo esculápio vivem então no Rio de Janeiro a aventura de Sherlock Holmes. Publicado em 1995. Em 2001, o romance foi adaptado para o cinema com direção de Miguel Faria Júnior". Fonte: Livraria Cultura.

Inferno, de Patrícia Melo.

"Inferno, publicado em 2000, tem como cenário uma favela carioca e narra o dia a dia de José Luís Reis, o Reizinho, menino pobre que começa a trabalhar para o tráfico de drogas aos 11 anos e se torna líder do morro. Filho de Alzira, uma empregada doméstica que acredita na violência como método de disciplina, ele desiste da escola às escondidas e se torna olheiro dos traficantes". Fonte: Livraria Cultura.

Valsa negra, de Patrícia Melo.

"Narrado em primeira pessoa por um maestro cujo nome não é revelado, Valsa negra, publicado em 2003, é centrado na relação dele com Marie, sua segunda mulher, 30 anos mais jovem e violinista da orquestra. Quinto romance de Patrícia Melo, 'Valsa negra' tem o ciúme como fio condutor, em uma narrativa na qual o suspense vai crescendo a cada página. O amor e o ódio se alternam para o protagonista, deixando os leitores em dúvida sobre qual deles irá prevalecer no fim da trama". Fonte: Livraria Cultura.

Mundo perdido, de Patrícia Melo.

"Para Maiquél, muita coisa mudou em São Paulo - os canalhas de outrora já não usam bigode, e trocaram suas fartas panças pela magreza das lipoaspirações. Dez anos e uma passagem pela Baixada Fluminense depois, ele está de volta à cidade. O homem que já comandou uma firma de pistoleiros de aluguel e ganhou notoriedade como o grande matador da Zona Sul agora passa os dias jogado no sofá, comendo bolachas e assistindo televisão na casa que acaba de ganhar como herança. A única visita que recebe é Divani – sua bela e ciumenta vizinha. Apesar da bruma que envolve sua vida, Máiquel está sempre alerta e não se permite esquecer nem por um minuto que é um foragido da Justiça. Vazio e sem rumo, ele decide sair em busca da filha, raptada por sua ex-namorada Érica. Com a ajuda de um detetive particular, ele descobre que a menina está no Mato Grosso do Sul, onde Érica e o marido Marlênio presidem a igreja evangélica do Poderoso Coração de Jesus. É para lá que esse legítimo anti-herói parte, cruzando o país, na companhia de Tigre, o vira-lata que adota. Com o estilo ágil e preciso que lhe rendeu, entre outras condecorações, o prêmio Jabuti, Patrícia Melo dá prosseguimento à saga do infame protagonista do livro O Matador, mostrando em Mundo perdido, 2006, que a barbárie continua sendo a sina de muitos brasileiros. " Fonte: Livraria Cultura.

O matador, de Patrícia Melo.

"A autora conta em O matador, 1995, a trajetória de ascensão e derrocada de Máiquel, um jovem vendedor de carros usados na periferia de São Paulo que se transforma, por conta de uma aposta, num assassino profissional - 'O matador da Zona Sul'". Fonte: Livraria Cultura.

Elogio da mentira, de Patrícia Melo.

"Em Elogio da Mentira, 1998, Patrícia Melo parte da história de amor entre José Guber, autor de romances policiais baratos, e a bióloga Fúlvia Melissa, para homenagear grandes mestres das letras, como Dostoievski, Edgar Allan Poe e Rubem Fonseca. Especialista em cobras do Instituto Soroterápico Municipal de São Paulo e casada com um próspero comerciante, Fúlvia convence o amante a ajudá-la a assassinar o marido. Relutante a princípio, o escritor acaba se envolvendo em uma trama onde o acaso rouba a cena e atua como elemento decisivo da história". Fonte: Livraria Cultura.

Ladrão de cadáveres, de Patrícia Melo.

"Ética, moral, suas distorções e justificativas conduzem a trama deste livro, publicado em 2010, em que a vida dos personagens se cruzam em torno de um cadáver desaparecido". Fonte: Livraria Cultura.

Acqua toffana, de Patrícia Melo.

"Acqua toffana é um veneno da Renascença. A explicação está no livro de estreia de Patrícia Melo, lançado em 1994, que ganhou justamente o nome da poção mortífera. Nele, duas novelas desenrolam-se como o itinerário caprichoso da morte lenta, planejada como uma arte ou desenhada como delírio. Na primeira história, a protagonista, de nome desconhecido, tenta convencer um delegado de que seu marido é o assassino que estuprou e estrangulou várias mulheres no bairro paulistano da Lapa. Na segunda, o metódico funcionário de um cartório passa a ser atormentado pela presença de uma vizinha, e desenvolve um plano para matá-la". Fonte: Livraria Cultura.

Bellini e os espíritos, de Tony Belloto.

"Tudo indica que Arlindo Galvet morreu de causas naturais. A não ser por uma carta, com um recorte de jornal e 5 mil dólares, deixada sob a porta da Agência Lobo de Detetives. Em sua terceira aventura, o carismático detetive Remo Bellini envolve-se com a máfia chinesa, um centro espírita e algumas mulheres, enquanto investiga a misteriosa morte do advogado".

Especializado no gênero policial, Tony Belloto lançou três romances protagonizados pelo investigador Bellini: Bellini e a esfinge (1995), Bellini e o demônio (1997) e Bellini e os espíritos (2005). Em 2001, Roberto Santucci Filho adaptou e filmou Bellini e a Esfinge, que ganhou o prêmio do público de melhor filme de longa-metragem de ficção no Festival do Rio BR 2001. Em 2010, Marcelo Galvão adaptou o segundo livro, Bellini e o demônio. Fonte: Livraria Cultura.

Bellini e o demônio, de Tony Belloto.

Um novo caso do detetive Bellini, criado por Tony Belloto, resolver: encontrar um manuscrito perdido por Dashiell Hammett e descobrir o assassino de Silvia Maldini. Bellini envolve-se numa trama repleta de mortes, tráfico de armas, drogas e sexo.

Especializado no gênero policial, Tony Belloto lançou três romances protagonizados pelo investigador Bellini: Bellini e a esfinge (1995), Bellini e o demônio (1997) e Bellini e os espíritos (2005). Em 2001, Roberto Santucci Filho adaptou e filmou Bellini e a Esfinge, que ganhou o prêmio do público de melhor filme de longa-metragem de ficção no Festival do Rio BR 2001. Em 2010, Marcelo Galvão adaptou o segundo livro, Bellini e o demônio. Fonte: Livraria Cultura.

Bellini e a esfinge, de Tony Belloto.

Romance policial na melhor tradição noir. Nele, um renomado médico procura uma agência de detetives, para que encontrem uma garota de programa. Só que o cliente é assassinado e, buscando solucionar o crime, dois detetives, entre eles o jovem Bellini, se infiltram no submundo da noite de São Paulo. Fonte: Livraria Cultura.

Especializado no gênero policial, Tony Belloto lançou três romances protagonizados pelo investigador Bellini: Bellini e a esfinge (1995), Bellini e o demônio (1997) e Bellini e os espíritos (2005). Em 2001, Roberto Santucci Filho adaptou e filmou Bellini e a Esfinge, que ganhou o prêmio do público de melhor filme de longa-metragem de ficção no Festival do Rio BR 2001. Em 2010, Marcelo Galvão adaptou o segundo livro, Bellini e o demônio.

Mandrake: a Bíblia e a bengala, de Rubem Fonseca.

"Com Mandrake - a Bíblia e a bengala, 2005, Rubem Fonseca faz nova investida na novela policial, gênero do qual é considerado um mestre no Brasil, e traz de volta à cena Mandrake, um de seus mais célebres personagens (A grande arte e vários contos). Desta vez, o cínico advogado criminalista é levado a investigar dois casos insólitos. No primeiro, é procurado por uma linda colecionadora de livros raros que deseja descobrir o paradeiro de um amigo desaparecido. Incapaz de resistir à beleza da mulher, Mandrake aceita dar uma de detetive e passa a desvendar uma trama complicada que envolve ricaços, bibliófilos, livreiros, um anão misterioso e, é claro, uma lista crescente de mortos. No segundo caso, um de seus ex-clientes é assassinado em um crime quase perfeito. Só que a esposa da vítima é amante de Mandrake e a arma usada foi sua própria bengala de estoque, o que o torna um dos principais suspeitos. Em 'Mandrake - A Bíblia e a bengala', o autor de 'Agosto' e 'Vastas emoções e pensamentos imperfeitos' abraça os elementos clássicos do gênero policial para compor enredos cheios de viradas em que há espaço para jogos de sedução, reflexões sobre a ética dos advogados, necropsias, condessas italianas de identidade duvidosa e indivíduos dispostos a matar para ter em mãos um incunábulo impresso por Gutenberg". Fonte: Livraria Cultura.

Homem ao mar, de Joaquim Nogueira.

"Homem ao mar, 2011, é uma ficção policial. Joaquim Nogueira, seu autor, sempre gostou de histórias policiais, com crimes, mortes, com suspenses e violência, e dos acontecimentos do mundo marginal. Nesse terceiro romance, qualquer semelhança talvez não seja uma mera coincidência para esse escritor que se aposentou como delegado e por isso transitou no mundo real do crime que, para ele, hoje é pura ficção. Joaquim Nogueira disse que, ao escrever Homem ao mar, partiu de uma situação psicológica de seu personagem para iniciar o romance e fazer dele uma narrativa diferente, distante dos padrões de um romance convencional do gênero em que há um crime, investigações e por fim o esclarecimento do fato, com culpados e um desfecho esperado para a história. (...) Nesse romance, não é somente o marginal que é brasileiro, também os investigadores e policiais têm um perfil mais próximo da realidade do país. Sua vivência numa profissão policial ofereceu matéria-prima de sobra para as nuances de seus personagens. Em clima noir, como seus outros dois romances, Homem ao mar, afinal, é uma história de todos aqueles para cuja vida não há salvação nem resgate. “Quis escrever uma história policial do ponto de vista do assassino, que é também vítima. Um marginal que narra os fatos não para um público, para um leitor eventual, mas para si mesmo. Caído na rua, de noite, baleado, tentando manter a lucidez, o bandido conta sua história para si mesmo, sem técnica, sem esmero, até mesmo sem clareza, às vezes. E sua história é um rol de contradições, incoerências, obscuridades. O personagem é torpe, mas é também romântico e sincero, frio no cometimento dos crimes mas também sentimental em relação às pessoas que ama, honesto e desonesto, humilde e ganancioso, capaz dos maiores gestos e das maiores baixarias. O mistério da história não é resolvido, de modo que não há uma “satisfação ao leitor”. Alexandre da Silva, que tem outras identidades, não quer ensinar nada a ninguém, nem a ele mesmo. Gostaria de voltar aos braços da mãe, mas aos 40 anos, caído na rua, ferido a bala e morto de medo, é um pouco tarde para isso”, diz o autor. Outros livros do autor: Informações sobre a vítima (2002) e Vida pregressa (2003), ambos pela editora Companhia das Letras". Fonte: Livraria Cultura.

As esganadas, de Jô Soares.

As esganadas, novo livro de Jô Soares, 2011.

"Neste romance histórico policial, Jô explora mais uma vez um tema que gosta muito: os assassinatos em série. A trama se passa no Rio de Janeiro, em 1938, onde um perigoso criminoso está à solta nas ruas. Seu alvo são mulheres jovens, bonitas e… gordas. Sua arma são irresistíveis doces portugueses. Com requintes de crueldade gastronômica, ele mata sem piedade suas vítimas e depois expõe seus cadáveres acintosamente, escarnecendo das autoridades". Fonte: Livraria da Folha.

Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre.

"Ao dosar lirismo e registro histórico em "Se Eu Fechar os Olhos Agora", 2009, o jornalista fluminense Edney Silvestre - eleito o melhor autor estreante no Prêmio São Paulo de Literatura 2010 - investiga um crime brutal durante um dos períodos mais importantes da história brasileira. Em uma cidade da antiga zona do café do Rio dos anos 1960, dois garotos de 12 anos (Paulo e Eduardo) encontram o corpo de uma mulher mutilada às margens de um lago.Diante do descaso absoluto com o assassinato, a dupla não aceita a explicação oficial do crime. Auxiliados por um senhor que mora no asilo da cidade iniciam então uma investigação". Fonte: Livraria da Folha.